quarta-feira, 19 de outubro de 2011

TRT de São Paulo parou e advogados protestam.

Desde segunda-feira (17/10), as varas trabalhistas de primeira instância da 2ª Região, São Paulo, estão fechadas para atendimento ao público – o que inclui os advogados – e não estão sendo marcadas audiências. As varas não estão recebendo nem mesmo novos processos, salvo casos urgentes. De acordo com a Portaria 62/2011 do TRT-2, o peticionamento eletrônico está suspenso e “o protocolo de petições fica restrito aos casos urgentes e àqueles relacionados às audiências e hastas públicas realizadas”. As audiências já marcadas serão feitas.
O prazo é indeterminado, e, o fato se deve, segundo justificativa do Tribunal, a necessidade de se adequar seu sistema às regras da lei que criou a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT).
As quatro principais associações de advogados de São Paulo decidiram questionar, no Conselho Nacional de Justiça,  a Portaria. De acordo com o presidente da Associação dos Advogados de São Paulo (Aasp), Arystóbulo de Freitas, os advogados estão “indignados” com a situação. “Não se tem memória de precedentes dessa ordem nem em época de regime de exceção”, afirmou.
Além da Aasp, a seccional paulista da OAB, o Instituto dos Advogados e a Associação dos Advogados de São Paulo assinam o Pedido de Providências que será protocolado nesta quarta-feira (19/10) no CNJ. A maior crítica dos advogados está no fato de que a suspensão do atendimento e do recebimento de processos é por tempo indeterminado. Os prazos processuais foram suspensos retroativamente, desde 5 de outubro, o que é questionado. De acordo com a Portaria 62, em 21 de novembro será verificado o andamento do trabalho nas varas e só então serão adotadas novas providências.

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