sábado, 16 de abril de 2011

As tragédias e a imprensa

Na semana passada, o país chocado e horrorizado parou com a notícia da tragédia ocorrida em uma escola no Rio de Janeiro, onde crianças foram alvos de balas atirados por um insandecido jovem.
Como era de se esperar, o assunto virou destaque (e as vezes único) das emissoras de televisão e jornais, bastaria ter interesse, que poderíamos ter os mínimos detalhes da tragédia, com direito a tomadas aéreas, entrevistas com os pais que perderam seus filhos, professores e funcionários da escola, parentes do atirador, vizinhos, enfim, qualquer fato para se manter o tema vivo e interessante ao telespectador ou leitor.
O ápice da cobertura da imprensa sobre o episódio, ao meu ver, acorreu com a divulgação pela Rede Globo (ela não foi a única), em horário nobre, do vídeo em que Wellington Menezes (o assassino), fala sobre o atentado.
A divulgação do vídeo foi tão chocante quanto a própria tragédia; vi no fato um ato de violência, de desrespeito a dor dos pais, tios, irmãos e demais parentes das crianças que pereceram vítimas de um alucinado.
Por todos os aspectos analisados, a divulgação do vídeo foi de uma insensibilidade descomunal, agravou (se isso ainda é possível) o dano psicológico já suportado pelas vítimas, contribuíu para instalar o caos e o pavor nos cidadãos.
É de se comemorar a liberdade de imprensa que nosso país ostenta, e rogo que possamos gozar, juntamente com as gerações futuras, cada vez mais desse status, porém, não tenho como deixar de me questionar: a imprensa está sendo consciente e responsável com o ideal de liberdade que tantos povos almejam? Até que ponto pode-se ir na busca pela audiência?

2 comentários:

  1. Maeee linda sei blog esta incrivel continue postando varias coisas bacanas, e adorei o nome dele
    Beijooos: sua filha Beatriz Zahlouth

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  2. Apesar de ser chocante e sofrido para as famílias vítimas dessa tragédia, acho que devemos olhar o outro lado, não justificando o ato em si, é claro, e sim, ficar alerta ao que acontece nas escolas do mundo atualmente, onde muitas crianças sofrem todo tipo de agressão, desde da violência física até a psicologica, as vezes causando danos permanentes. No Brasil os professores também sofrem este tipo de agressão pelos alunos e até pelos pais desses alunos, quando chamados a atenção. Parabéns pelo blog, vou acompanhar.

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