Márcia Cavalcante - Prefeita de São Miguel do Guamá |
Coordenada pelos promotores de justiça Milton
Menezes, Arnaldo Azevedo e Bruno Beckembauer, foi deflagrada na madrugada desta
quarta-feira, 8, pelo Grupo de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas
(Geproc) do Ministério Público do Estado, operação para dar cumprimento a
mandado de busca e apreensão na sede da prefeitura de São Miguel do Guamá e
secretarias municipais, que estariam envolvidas em fraudes e desvio de dinheiro
público.
A decisão judicial foi da juíza Priscila Mamede Mousinho da comarca de São Miguel do Guamá. Segundo o promotor Bruno Beckembuaer a ação do MP teve apoio da população local.
A decisão judicial foi da juíza Priscila Mamede Mousinho da comarca de São Miguel do Guamá. Segundo o promotor Bruno Beckembuaer a ação do MP teve apoio da população local.
Na ação foram apreendidos computadores e
documentos relativos a processos licitatórios com indícios de fraudes nas áreas
da saúde e educação. Estimativas iniciais apontam cerca de 8 milhões de reais
desviados em várias irregularidades.
Segundo o promotor de justiça de São Miguel do
Guamá, Bruno Beckembauer, um procedimento administrativo foi instaurado em abril
de 2012, após moradores da cidade denunciarem ao Ministério Público o desvio de
dinheiro e de kits escolares comprados pela prefeitura.
“Os denunciantes disseram que, em 2011, foram
adquiridos 15 mil kits escolares, mas o município só possuía 4 mil alunos no
ensino fundamental”, disse Bruno Beckembauer. Foi comprovado nos depoimentos
colhidos pela promotoria que muitos alunos sequer receberam os kits, apesar da
quantidade comprada ser muito superior ao número de alunos matriculados.
“Durante a operação de hoje foram encontrados na
posse do poder público municipal 500 kits escolares e 100 uniformes”, afirmou
Beckembauer. Entre as irregularidades investigadas pelo Ministério Público, está
também o pagamento pela prefeitura de valores a duas empresas de capacitação de
pessoal.
Questionado sobre o pagamento de 800 mil reais em
cursos de capacitação às empresas Ágata e Poles, o poder executivo não respondeu
à promotoria quais cursos foram pagos, os valores por cada um e os comprovantes
de participantes. “A realização dos cursos não está comprovada até o momento”,
explicou o promotor de São Miguel do Guamá.
Até agora foi apurado pelo Ministério Público que
de cada dez empresas contratadas pela prefeitura municipal, desde outubro de
2010 até hoje, pelo menos oito foram sem licitação. Além disso, vários
empresários já admitiram, perante a promotoria local, que não participaram das
licitações que teriam sido realizadas.
“Com a cautelar ajuizada, temos 30 dias para
aprofundar as investigações e protocolar uma ação civil pública por
improbidade”, finalizou o promotor Bruno. Todos os documentos e equipamentos
apreendidos pelo Geproc/MP serão guardados na sede do Ministério Público.
Fonte: site do MP-PA
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