Por racismo no Twitter jovem é processada

Mayara Penteado Petruso

Em outubro de 2010, a jovem Mayara Penteado Petruso, de 21 anos, estudante de Direito de uma faculdade particular na capital paulista e sustentada pelo pai, proprietário de uma rede de supermercados, publicou em seu perfil no Twitter e no Facebook posts sobre a vitória de Dilma Rousseff ao cargo de presidenta.

A jovem atribuía a vitória de Dilma ao Nordeste e defendia o assassinato de nordestinos por afogamento, chegou ao ponto de afirmar que: "Nordestino não é gente". As declaraçvões renderam à jovem um processo crime de autoria do Ministério Público Federal.

Hoje, sete meses depois, a jovem deixou a universidade, os amigos de São Paulo, vive reclusa em Bragança Paulista, no interior do Estado. O paradeiro da ex-estudante é desconhecido até mesmo por pessoas próximas à família. No condomínio onde ela estaria morando, nem mesmo o porteiro demonstrou ter conhecimento sobre a polêmica na qual a jovem se envolveu.

Difícil entender o que leva uma jovem a desenvolver um preconeito tão acentuado, assim como agir de forma tão irresponsável ao ponto de ter que suportar o constrangimento de uma ação penal, no caso citado, nem mesmo poderia ser suscitado a ignorância sobre as consequências de seus atos, pois fazia o curso de Direito.

Lamentável, porém o fato não é um caso isolado, pouco tempo atrás nos deparamos com o caso de outra jovem, que, ao comentar o resultado de uma partida de futebol do time do Flamengo, desferiu insultos racistas ao jogador Ronaldinho e à torcida do clube; tive o desprazer de acompanhar os posts da jovem, e confesso que fiquei aterrorizada com tamanha maglinidade.