quinta-feira, 16 de março de 2017

Sobre a eterna rinha entre juízes e advogados

Não só advogados, mas qualquer cidadão que já tenha se visto obrigado a recorrer ao Judiciário, é conhecedor do verdadeiro caos que o Poder está vivendo, entulhado de processos não julgados, servidores em número insuficiente, instalações muitas vezes precárias e juízes com volume absurdo de processo para dar andamento.
Porém, mesmo diante dos graves problemas que o Poder enfrenta, ainda somos surpreendidos com situações descabidas como o caso do magistrado que impediu um lavrador de estar presente em uma audiência pelo fato de estar trajando chinelos, e, mais recente, o episódio envolvendo um juiz que exigiu gravata de advogado em audiência.
Sinceramente, temos clima para tal? E ainda vem a Associação soltar nota em defesa, citando o Regimento do Tribunal, que faz referência a necessidade de traje social completo ou beca; eu, se tivesse nascido do sexo masculino, não adentraria uma sala de audiência sem gravata, da mesma forma que jamais usei trajes curtos ou decotes no citado ambiente, porém, é questão de foro íntimo, não julgo ou tento impor regra às advogadas, ou mesmo às magistradas, que, há muito deixaram no passado o indefectível taileur, e hoje circulam com belos vestidos curtos e justos, tornando o ambiente forense até mais festivo.
Com todo o respeito à magistratura, mas está passando da hora de tomarem consciência de que a função que exercem não é mais nem menos que qualquer outra no serviço público, entendo que precisamos, juízes e advogados unir esforços no sentido de prestar um eficiente serviço ao jurisdicionado, polêmicas estéreis só geram ainda mais descrédito para os envolvidos, prato cheio para que as aves de rapina que habitam o Legislativo atentem contra as garantias da magistratura, por exemplo.
Mãos dadas deveriam ser ostentadas, para que o Poder Judiciário de mostre digno e forte, sendo a fortaleza última aos cidadão espoliado.


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