quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Desembargador punido: novos ventos?

Desembargador Roberto Wider 
Em novembro de 2009 o Corregedor Nacional de Justiça, a época ministro Gilson Dipp, apresentou ao CNJ o resultado da inspeção que fez no TJ-RJ, concluindo por haver indícios de possíveis irregularidades em atos praticados pelo desembargador Roberto Wider em relação a cartórios extrajudiciais.
Roberto Wider, foi corregedor-geral da Justiça do Rio, estava afastado de suas funções desde janeiro de 2010, quando o CNJ abriu processo administrativo por acusação de favorecer Eduardo Raschkovsky, de quem é amigo, em decisões judiciais e administrativas. Uma delas foi a nomeação, sem concurso, para cartórios do Rio de Janeiro e de São Gonçalo, de dois advogados que trabalhavam no escritório de Raschkovsky.
O Plenário do Conselho Nacional de Justiça decidiu, por 12 votos a 2, aposentar compulsoriamente o desembargador Roberto Wider, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que também exerceu a função de corregedor da corte. Ele foi condenado por ter nomeado para comandar cartórios do Rio dois advogados, sem a necessidade de aprovação em concurso público.
O processo foi relatado pelo conselheiro Tourinho Neto, que votou contra a aposentadoria compulsória, mas a maioria dos conselheiros acatou o parecer favorável à punição da corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon. Além do relator, o conselheiro Silvio Rocha se manifestou contrário a aposentadoria compulsória. Já o conselheiro Vasi Werner se declarou impedido de votar por pertencer ao quadro de magistrados do TJ-RJ.
Como se sabe, da decisão do CNJ, só cabe questionamento ao Supremo Tribunal Federal. Vamos aguardar!

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