terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Demagogia atrasa soluções no Judiciário

Os já tão antigos problemas do Judiciário viraram tema recorrente na imprensa, não sendo menor nas mídias ditas alternativas, e redes sociais, todos parecem ter interesse, muitos são os que têm péssimas referências e não mostram resistência em expressar a opinião de que o Poder é constituído por juízes corruptos, sendo vítima os que à Justiça recorrem.
De outro lado, os magistrados de primeiro grau, que em sua maioria fazem discursos em que se mostram também vítimas de um sistema perverso que privilegia somente os tribunais, vivem atolados de trabalho e sem condições dignas para executá-lo, na esteira do "rosário" de reclamções, sempre a defesa por suas garantias fixadas em lei e salários dignos.
Quanto aos membros dos tribunais, esses costumam ficar mudos, poucos são os que mostram a cara para debater o tema, preferem ficar trancados em seus gabinetes, rodeados por seus assessores. De modo recorrente aparece o presidente do STF e CNJ, ministro Peluso, ora defendendo, ora criticando, ora apresentando propostas cujo objetivo seria melhorar o serviço prestado pelo Judiciário.
Como figura principal de toda a parafernália midiática sobre o Poder Judiciário, aparece a Corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, com medidas de impacto sempre visando investigar e punir os maus magistrados, que geram sempre grande movimentação de apoio e também de repulsa às medidas implementadas.
A última grande notícia foi a quebra de sigilo bancário de magistrados, seus parentes e servidores, muitos criticaram, alguns magistrados, em apoio, colocaram a disposição da Corregedora, sua movimentação bancária.
No meio de todo esse excesso de exposição, persiste a indagação: o que foi efetivo para melhorar o serviço prestado pelo Judiciário? Ouso dizer que absolutamente nada!
O jurisdicionado continua sendo vítima de um Poder moroso, caro, corrupto, incompetente e incapaz de corresponder as expectativas daqueles que têm seus direitos espoliados e aguardam solução do Estado.
Está na hora de se acabar com as demagogias, com as tentativas de galgar pretensões privadas através de uma crise perversa, de desejo ambiciosa de amealhar bens por meio de conchavos espúrios, de vaidades descabidas; o problema do Judiciário é grave, um Poder que nasceu e tem como fim dirimir conflitos de interesses, tanto públicos como privados, não pode ficar à mercê dos que o enxergam como trampolim para interesses inconfessáveis.
A solução para os sérios problemas do Judiciário não está nas mãos de alguns, e sim de todos, dos magistrados, dos serventuários, dos advogados e do prórpio jurisdicionado, vamos acabar com o discurso estéril e com a demagogia, o caminho em que trilha o Judiciário é perigosos, e, a longo prazo, todos só tem a perder.

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